{foto Lê Buzato}

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O orgulho da família tem orgulho de mim~*

Esta postagem tem um sabor especial...sabor de infância~*








Hoje é o aniversário de meu paizinho querido, homem do qual me inspirou e tem a minha eterna admiração.

Seus anos porém, são um segredo de Estado guardado a sete-chaves, ele fica muito bravo quando mencionado ou perguntado, portanto em respeito ao meu paizinho, não divulgarei a vocês.

Quando falo em meu pai, me vem logo as memórias de quando criança: lembro-me de nossos passeios aos domingos, das tardes que passamos no zoológico de Sorocaba, dos inúmeros pastéis que comemos juntos na Pastelaria do Japonês em frente ao Parque dos passeios no fusquinha vermelho ao som Júlio Iglesias...Essa alegria toda durava um domingo, dia em que meu pai me dedicava enquanto minha mãezinha fazia o almoço e planejava suas aulas da semana.

Durante a semana eu quase não os via: saiam enquanto eu ainda dormia e jantávamos juntos todas as noites. Enquanto o cheirinho de alho refogado invadia nossa sala, meu pai sentava-se em sua poltrona, eu ao seu lado e uma gata malhada que tínhamos que subia na parte detrás do sofá e ronronava aos nossos ouvidos. Era um momento mágico acreditem!

Na manhã seguinte, sempre haviam um dinheirinho para a cantina em meu criado-mudo...era meu pai que passava por lá e me deixava uns trocadinhos. Sentia tanto a presença dele!

Todos os natais, meu pai colocava um disco com músicas natalinas e montavamos nossa árvore que era repleta de bolas coloridas e de algodão...passei a minha infância me perguntando "porque tanto algodão se nunca vi a neve??". Eu ainda não entendia essas influências vindas de outros países.

Fazíamos parte da autência família "behaviorista". O pai trabalhava em fábrica e era quasemantenedor absoluto da família. A mãe, professora e trabalhava para "ajudar" no susento. Filhos, todos na escola sem repetir o ano em escola pública, o que era para poucos. Tínhamos uma bela casa, TV colorida, telefone e meu pai comprou um carro. Família perfeita!

Mas essas influências não foram suficiente para manter nossa família nessas regras pela vida toda.

Quando eu tinha 10 anos, meus pais se separaram e meu mundinho desabou. Senti muita falta da nossa família, da estrutura que tínhamos. Sentí falta de meu pai todos os dias a noite em sua poltrona e o cheiro do tempero de minha mãe enquanto conversávamos sobre o que eu tinha aprendido na escola. Senti falta de nossos passeios aos domingos e de ir ao mercado com os dois, afinal eu era a caçulinha, eles compravam tudo o que eu pedia! Já tivemos muitos desentendimentos, porém hoje, mãe e mais madura, vejo meus pais como pessoas maravilhosas em minha vida que faziam coisas por mim que não faço pelos meus filhos. Outros tempos...
Neste dia meu paizinho, meu maior desejo é que você tenha muita saúde e muitos anos de vida e possa se orgulhar ainda mais de teus filhos e que possamos fazer jus a toda educação e amor recebidos por ti ao longo de nossas vidas.
Beijo doce de quem te ama demais~*

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