Estilo: bom gosto: agosto 2010

Então no dia 11 de agosto de 2010, seria apenas mais uma daquelas tradicionais datas em que os estudantes de Direito saem bebem e comem a vontade e nada de assumir sua conta porém, comigo, é claro, tinha de ser diferente. Eu não iria apenas assistir à mais esse espetáculo pela TV, ahhaaa....

Como tirei uns dias para descansar minha cabeça de faculdade e de trabalho, meu lindo marido me solicitou uma gentileza: ir até Brasília entregar uns documentos ao portador. Pensei..."puxa até que pode ser bacana" mas.....sinto tanta falta de meu marido em ocasiões como estas sabia...o jeito dele, as ideias, as "tiradas"...na verdade só me sinto realmente feliz quando ele está ao meu lado {humpftssss}...

Vou resumir um pouco a semi-roubada que eu entrei. Chegando no aeroporto de Brasília, peguei um taxi e segui direto ao STF. Ali, bem no portãozinho daquela imensidão (meu mau-presságio já começou ali) fui informada que naquele dito dia, era o "Dia do Advogado", portanto, todos os órgãos estavam de "feriado". Vejam só: FERIADO!!!

Bem, liguei para meu marido, o qual me instruiu a voltar para o aeroporto para tentar trocar as passagens, dormir por ali mesmo e amanhã retomar os compromissos, desta forma, seria menos cansativo e mais barato do que fazer todo o processo de retorno à São Paulo e logo mais, retorno à Brasília. Visto que nada disso seria necessário e não contando com os famosos e inevitáveis "imprevistos" levei comigo aenas a quantia de R$ 300,00, o que seria mais do que suficiente para um bate-volta na ponte-aérea. Tão logo o taxista retornou ao aeroporto, quase caí para trás! Só ali ja desembolsei a quantia de R$ 120, 00, sem dó nem piedade! Uau, confesso que o desespero bateu fundo e pensei "Meu Deus"...sem cartão de crédito, sem cheques e sem lenço, só documento. Aiii......percebi o quanto sou uma pessoa mimada e sempre tenho o Jê ao meu lado que faz tudo por mim, depois dessa experiência, dou muito mais valor {que já dava e muito} para meu amorzinho hihihihihi....

Retomando: companhia aérea foi possível pagar pela internet, agora o problema era o hotel. Meu marido sempre se hospeda no IBIS em diversas cidades por onde tem que passar. Detalhe: Em Brasília não tem IBIS, somente o Mercure que é da mesma rede, porém três vezes mais caro. Vamos lá: segui até a "setor hoteleiro Asa Norte" {Brasília é muito bem planejada e toda dividida e sub-dividida por "setores"} a qual tem um hotel ao lado do outro, mesmo de diferentes padrões. Foi um entra-e-sai de hotel que eu já estava ficando semi-desesperada. Claro, me controlei o máximo para não borrar minha maquiagem, pois havia passado delineador. Imagina eu chegando no hotel e contando minha história com cara de louca e toda borrada {tipo um panda}? Sem sombra de dúvida, iriam me enviar para o Sarah Kubistchek, com direito a sorinho na veia e tudo mais, hêhêhê...

Gente do céu! Brasília não é lugar de gente humilde não viu! Tudo é carérrimo, uma fábula! Imaginem vocês que encontrei hotel de até quase R$ 400,00 para eu dar entrada às 18h00 de um dia e sair no outro dia as 12h00? Isso é realmente um absurdo...Não concordando com esses preços abusivos, procurei até que encontrei um hotelzinho "sem glamour nenhum" {kkk} no qual tinha uma cama aconchegante, um belo banheiro com água quentinha, um maravilhoso sanduíche de misto quente com coca zero e uma barrinha de cereais. No dia seguinte, um café da manhã bem cheio de coisinhas apetitosas, no qual me esturriquei fácil de tanto experimentar tudo que tinha ali. Difícil foi a conversa que tive que ter com o gerente do Hotel. Aii Deus...isso me lembra uma história de um certo estacionamento na Avenida Paulista...

Tive que, humildemente conversar com o gerente do Hotel, explicando-lhe o que realmente havia acontecido comigo: cheguei e voltaria quase que imediatamente, por isso não dispunhe de recursos naquele momento {aiii gente do céuuuu que micoooo sem precedentes!}. Prometi não sair do Hotel com minha pequena bagagem (meu laptop onde encontra-se toda minha vida acadêmica e parte da vida profissional, valor inestimável muito maior que os R$ 160,00 cobrados pelo pernoite) enquanto meu marido não fizesse o depósito em São Paulo, que, diga-se de passagem, seria maior que o valor do hotel equivalente, de modo que o Hotel me reembolsaria para que eu pudesse "viver" naquela "selva de pedra". Graças ao bom Deus, o gerente que não tem o hábito de "quebrar galho" de ninguém, confiou em minha palavra e deixou-me passar a noite por lá. UFAA...........

Depois de tanto "stress", mesmo estando ao lado do Shopping, não consegui arredar meus pés da Hotel, mesmo sendo tão cedo, só comi um lanchinho, banho e caminha. Ah! Claro, controle remoto na mão e uma TV de plasma enorme no meu quarto, passei a noite assistindo "Marley e Eu", já havia assistido no cinema, mas foi muito bom revê-lo. Não é questão de ser esnobe, mesmo porque eu não preciso disso, quem me conhece realmente sabe que isso não existe para mim, mas quis mencionar isso tudo, só para que vocês possam perceber algo que a minha mamãe sempre diz "filha, tudo o que você quiser comprar, tem em outros lugares mais barato" sábia mãezinha, semrpe tem razão, como toda mãe. Resumindo: tudo isso e talvez algumas frescurinhas a mais que eu encontraria num outro hotel de quatrocentos paus, tive ali, naquele hotelzinho pequeno, cheinho de quartos vagos, com certeza razão desta seria tamanha a simplicidade que ele aparenta. Segue aí, para vocês os dados do Hotel para quando forem à Brasília, e não tiverem a mesma "sorte" que tive.

Aristus Hotel
http://www.aristushotel.com.br/

After Day!

Bem, claro, dormindo tão cedo assim, é evidente que acordar cedo também é uma regra, então o dia se sucedeu assim: banho, café-da-manhã, lojinha para recarregar celular, comprar escova de dentes {aliás, minha única "queixa"referente ao Hotel que não forneceu escovas}, desodorante, e dar uma passeadinha. COnversando com a dona da lojinha, me enchi de coragem e decidi conhecer alguns lugares ali pertinho. Voltei para o Hotel, liguei para meu marido, bati minhas asinhas e fui borboletear por aí...

Primeira parada: Memorial JK

Para fins didáticos {ou seja, o que se apresenta em linhas gerais para os alunos de primeiro ao quarto ano dentro de uma escola, estadual preferencialmente}: Juscelino Kubistchek de Oliveira foi governador de Minas Gerais e Presidente do Brasil. Foi ele que "construiu" Brasília. Ponto.
Para fins de conhecimento meu através dessa viagem: JK foi um grandissíssimo homem para o Brasil. Energicamente. Evolucionalmente. Racionalmente. Fiquei tão encantada ao me deparar com traços de sua história que vou até me aprofundar mais vendo filmes e lendo suas histórias. Creio que se Juscelino se assim fosse "permitido" que ele continuasse seus grandes feitos ou tivesse assim deixado como "herança" outras cabeças como a dele, nosso país já teria evoluído mais do que nossos quinhentos e dez anos. Talvez, fossem assim "anos-luz", pouco importando se os tais anos fossem somados através de tempo e/ou velocidade. O importante é que aconteceria, porque "ele foi o cara". Fez e aconteceu. Meus relatos aqui se seguem de uma percepção da qual eu não possuía já que quando aqui estive, há mais de dez anos atrás, não havia interesse em "conhecer coisas" como tenho hoje.

Uma foto ilustre ao lado de Sr. Juscelino e D. Sarah, um casal bem simpático, srsrsr...

A verdade é que, segundo ele mesmo, Juscelino, Brasília só "nasceu" porque o Congresso não acreditava que isso pudesse acontecer. E o mais incrível é ver a maneira como ela foi projetada, o planejamento que envolveu todo esse processo, é realmente impressionante. Sabe...a gente se sente até "pequeno" perante a monstruosidade daqueles ministérios e esplanadas. E as ruas então? Tudo tão milimétricamente ajeitado, parece até uma maquete de tão perfeito. Ahh...detalhe: perfeição porque as coisas lá funcionam com uma espantuosidade tremenda. Me senti em outro planeta!

Brasília foi projetada como se fosse um avião, por isso os termos "Asa Norte" e "Asa Sul". Cidade satélite é um termo aplicado à região metropolitana de Brasília, bem como ela sendo o centro e as cidades satélites sua região periférica.
Metas para a gestão de JK: seguindo uma tendência de homem "tábula rasa" da época vigente, JK traçou umplano de metas no qual visava uma forma de atingir 50 anos em 5, sendo assim, "acelerar o crescimento e desenvolvimento" do país (você já ouviu essa palavra ultimamente né?). Essas metas consistiam em: 1) Energia, 2) Transportes, 3) Alimentação, 4) Indústria de Base,5) Educação e 6) Construção de Brasília. Se não tivesse sofrido com o golpe militar, sua próxima conquista seria através da agricultura.
Fiquei muito emocionada ao ler uma carta que JK escreveu de próprio punho dias antes do término de seu mandato. Copiei essa carta para mostrar aqui para vocês:

"Ao aproximar-se o término do meu mandato, venho manifestar-lhe, de modo especial, o meu reconhecimento pelo seu patriótico apoiso à luta que travei para conduzir a pleno êxito a causa do desenvolvimento nacional.
Sinto-me satisfeito em poder proclamar que, na Presidência da República, não faltei a um só dos compromissos que assumi como candidato. Mercê de Deus, em muitos setores realizei além do que prometi, fazendo o Brasil avançar, pelo menos cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo. Pude ainda, através da operação Pan- Americana, despertar as esperanças e energias dos povos americanos para o objetivo comum do combate ao sub-desenvolvimento. E todo esse esforço culminou no cumprimento da meta democrática, quando o nosso país apresentou ao mundo um admirável espetáculo de educação política, que me permite encerrar o mandato num clima de paz, de ordem, de prosperidade e de respeito a todas a perrogativas constitucionais.Sejam quais forem os rumos da minha vida pública, levarei comigo ao deixar o honroso posto que me confiou a vontade popular, o firme propósito de continuar servindo ao Brasil com a mesma fé, o mesmo entusiasmo e a mesma confiança nos seus altos destinos."
Juscelino Kubitschek
Brasília - 1961

Depois de tudo o que vi, li, fotos, homenagens, enfim, estou saindo de Brasília com a sensação de que JK foi uma pessoa muito especial para nosso país, um homem inteligente, um visionário, uma pessoa que estudou muito e só poderia ser um excelente presidente mesmo, como foi. Ele era querido pelas pessoas e sua aproximação do "povo" (das massas) era muito evidente. Aliás, não só dele, como também de sua esposa, D. Sarah.
Bem, se for comentar desse assunto, ficarei horas aqui portanto, se quiseres saber mais a respeito desse lugar onde estive, acesse o site, que não é tão genial quanto ter esatdo lá, porém, é bem interessante.

Memorial JK - Brasília
http://www.memorialjk.com.br/index.html

Só mais umas coisinhas que gostaria de mencionar sobre esse assunto, nãopoderia deixar de falar: o memorial foi construído para manter literalmente as memórias de JK, já que seus restos mortais estão bem guardadinhos lá, junto à outras relíquias tais como: homenagens provenientes dos mais diversos países como grã-cruz, colares de rainhas, colar de mérito, enfim, tem uma sala interinha cheia de homenagens, fora as que não conseguiram resgatar.

A foto acima é o túmulo de JK. Ele fica embaixo de um vitral maravilhoso com formas de anjo,

como mostra a foto abaixo

Tamanha eram as homenagens que em uma placa de bronze recebida pela família, havia a seguinte menção:

"À família JK:

Mais duradouro que o bronze é a nossa gratidão a Juscelino Kubistchek de Oliveira por seu legado de otimismo e de capacidade de realizações patrimoniais que nos compete perenizar". {palavras minhas: incrível isso né?}

Ao fundo dessa foto, a biblioteca do Presidente com mais de 3 mil títulos, entre eles, livros de medicina e uma coleção de Shakespeare doado pela Rainha Elisabeth, a qual fez uma menção honrosa ao JK. Essas obras doadas já existiam há mais de cem anos antes de seu nascimento. Um presente de valor inestimável.

Ahhh...claro, não podia deixar de mencionar. Meus amigos sabem que tenho não só uma queda, mas um tombo inteiro por casamentos, e lá estava a indumentária utilizada pelos pombinhos presidente e primeira-dama. Gente o vestido dela era de babar de tão lindo. Com certeza faria sucesso até hoje. Não ao meu gosto, certamente. Mas lindo. Original, todinho bordado com pedras que brilham aos olhos do dia! Magnífico, digno de uma primeira-dama. Nem se compara ao da filha deles que foi obrigada a casar-se em Portugal devido ao exílio do pai. Uma cauda enorme, gigantesca. Que coisa mais anti-ecológica, kkk! Magnífico mesmo foi o convite do casório da filha. Não era impresso e sim, as letras eram "vazadas" no papel. Elas ultrapassavam o papel, perfurando-o. Lindo demais, com toda a simplicidade do mundo.

Quanto ao seu exílio, especulou-se muito na época de sua gestão como presidente, corrupção através do super-faturamento de obras e que ele tinha muito dinheiro ilícito proveniente de alguns "benefícios" que ele poderia ter como presidente, mas o que se confirmou anos mais tarde como uma grande mentira ou manobras estratégicas de seus opositores, já que seu inventário não dispunha de muitos bens como foi amplamente divulagado, inclusive tendo sua filha que vender um imóvel da família para custear a campanha eleitoral à Câmara dos Deputados, a qual se candidatou.

E, para finalizar esse assunto, uma homenagem à nosso Presidente, uma musiquinha bem bobinha, a qual ele tinha muito apreço. "Peixe-vivo" por Palavra Cantada:

JK, em algumas de suas máximas...

"Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história os que não compreenderam e não amaram esta obra".

" Ninguém pode ter outro interesse se não o de que se consolide o regime de liberdade, sem o qual não há nação que possa qualificar-se de civilizada."

" É inútil fechar os olhos à realidade. Se o fizermos, a realidade abrirá nossas pálpebras e nos imporá a sua presença."

" Nas tardes do planalto, os corpúsculos de fogo se confundem com as tintas da aurora. Tudo se transforma em alvorada nesta cidade, que se abre para o amanha ..."

" Se acredito ou não, é outra história. O certo é que no dia 21 de abril, colocarei minha bagagem num automóvel e quem quiser que me acompanhe."

" Hoje é o dia mais feliz da minha vida. O Congresso acaba de aprovar o projeto para a construção de Brasília. Sabe por que o projeto foi aprovado ? Eles pensam que não vou conseguir executá-lo."

" Um governo forte se faz perdoando."

" Como valeu a pena."

" Estou com uma sensação de que Brasília não é mais minha. Não é como uma filha que se casa. É diferente. É pior."

" Creio no triunfo do espírito que afirma e deseja a grandeza nacional, no espírito que se opõe à negação, a descrença, ao ressentimento estéril."

" Não consigo guardar ódios no meu coração."

" Sou conciliador por natureza."

" Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã o do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino."

Não me arrependo do que fiz, não me arrependo de ter levado em consideração o interesse de preservar o nosso dia de amanhã - o futuro da Pátria Brasileira."

" Não aceito o julgamento dos que agora me julgam; só aceito o julgamento do povo, pois só nele reconheço o juiz de minhas ações."

" Brasília é a manifestação inequívoca de fé na capacidade realizadora dos brasileiros, triunfo de espírito pioneiro, prova de confiança na grandeza deste país, ruptura completa com a rotina e o compromisso. Creio que apressar a marcha do Brasil, ativar o seu desenvolvimento é imperativo da defesa de nossa própria sobrevivência. Creio que avançaremos cada vez mais para atingirmos nossa independência econômica, produzindo sempre melhor, fundando a nossa industrialização sobre as riquezas naturais que Deus colocou em nosso território. Creio na vitória final e inexorável do Brasil, como Nação. Escolhi Brasília como ponto alto do meu governo porque estou convencido de que a nova capital representou um marco. Depois de sua construção ninguém poderia duvidar de nossas indústrias ou da capacidade do trabalho brasileiro. Brasília deixou atrás de si uma nova era de autoconfiança e otimismo. Meu sonho é viver e morrer em um país em liberdade. A criação de Brasília, a interiorização do governo, foi um ato democrático e irretratável de ocupação efetiva do nosso vazio territorial."

{Querido Juscelino, gostaria de dizer que descanse em paz, visto que seu maior sonho pós-vida não têm se realizado mutuamente}.

Segunda parada: Memorial dos Povos Indígenas

Bem defronte ao Memorial JK, basta atravessar a avenida e lá chega no Jardim dos Buritis, um espaço projetado também por Oscar Niemeyer, onde abrigam-se alguns artefatos indígenas.

Bem, já deixei bem claro que amo os índios, verdadeiras almas sábias que habitam nosso planeta. Fiquei bem decepcionada. Na verdade, eu esperava mais por isso. Nossos verdeiros "descobridores" do Brasil, deixados ali, fragmentados em alguns cocares e máscaras num museu cheio de vidros sujos e mal conservados.

Nada de sua sabedoria, ou de seus ensinamentos passados de pai para filho, tudo ali reduzido à...alguns artesanatos.
A única coisa que me chamou a atenção foi o piso que leva a entrada principal do memorial, projetado de forma a semelhança com desenhos tribais. Genial.

Terceira parada: Catedral

Essa para mim foi "VERY ABSOLUTALY THE BEST". Peguei um ônibus na porta do Memorial e desci na porta da Catedral. Quando estive em Brasília, há uns onze anos atrás, ela estava em obras, portanto eu nãpo podia nem imaginar o que havia lá dentro.
Genteeee! É de enlouquecer de tão lindo! Tudo bem clean, embora, como sempre eu creia que os detalhes façam a diferença, bem no centro da igreja, como se estivessem caindo do céu, três anjos, lindos. Aquilo foi realmente magnífico, pois de fundo a imagem dos vitrais complementavam a paisagem. Parecia estar entrando no céu.

Agora a melhor parte para mim, foi uma grata surpresa: passeando pelso corredores da Catedral e vendo desenhos feitos por pessoas que convivem numa entidade intitulada "Carmelitas descalças", logo então deparei-me com ela, a que foi durante muitos e muitos anos sonhada por mim: uma Pietá. Não a legítima de Michelângelo, mas a primeira réplica mais perfeita já existente. Acredita qeu fiqeui tão surpresa que me esqueci de ler o nome do artista que a esculpiu? Fiquei ali, um tempão...só admirando a perfeição que o homem chegou cm suas mãozinhas. Quem já teve a oportunidade de estar perante uma obra dessas sabe do que estou falando.

Movida por tamanha emoção, ajoelhei-me perante o altar daquela "mãe" e pedi em nome de meus filhos, e também saio daqui com uma promessa em meu coração, que pretendo cumprí-la tão em breve momento (...).

Bem, visto que sai de São Paulo no dia anterior e fui preparada para fazer um bate-e-volta, não estava trajada adequadamente para tamanho feito (imaginem eu de salto-alto fazendo tudo isso), portanto, creio que já fiz muito por esse dia, simplesmente voltei ao hotel que já estava devidamente pago (ufaa!! srsrsr), tomei novo banho, peguei mochila, almocei por lá mesmo, passei no STJ, fiz o que tinha de fazer e fui para o aeroporto, de onde estou escrevendo essas palavras {assim, bem na sequência para não me esquecer}.

Ah! Como não poderia deixar de ser, por onde eu vou passando, vou xeretando tudo. Tem um tal de "Manézinho pelado" aqui, prato típico da região. Trata-se de um bolo feito à base de mandioca ralada que é bom demais da conta sô!

Gente do céu! Segue a receitinha para que vocês possam se deliciar com essa maravilha. Mas muito cuidado viu! Eu já estou voltando para São Paulo um quilo mais gorda!! Segue então....

Mané Pelado

Ingredientes:

- 500 g de mandioca ralada no ralo grosso
- 300 g de queijo minas curado ralado (ralo grosso) ou queijo de coalho
- 300 g de açúcar
- 4 ovos
- 200 ml de leite de coco (1 garrafinha)
- 1/2 xícara (chá) de leite
- 100 g de manteiga em temperatura ambiente
- 1 colher (chá) de sementes de erva-doce
- Manteiga para untar
- Açúcar refinado para polvilhar

Modo de Preparo:

Numa tigela, misture mandioca ralada, queijo minas curado ralado ou queijo coalho, açúcar, ovos, leite de coco, leite, manteiga em temperatura ambiente, sementes de erva-doce. Misture muito bem. Despeje em assadeira untada com manteiga e polvilhada com açúcar refinado.
Leve para assar por 1h aproximadamente. Deixe amornar para cortar em pedaços.

Deliciosooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! De comer rezandooooooooo!!!!!!!!

O dia vai chegando ao fim e só para fundamentar esse momento, como peguei um taxista muito bacana hoje, que me acompanhou até o aeroporto, vou postar uma música que se tornou a "trilha sonora" dessa minha "passagem solitária" pela capital da Esperança {muito embora, as músicas que não saíam da minha cabeça o tempo todo são de uma banda igualmente de Brasília, chamada "Legião Urbana", a qual me remete ao meu amor...Jê te amo, senti muito a sua falta di novo! Blááá...feinho!}

Super beijokas da

Syy~**

"A luta contra todas as formas de tirania, a luta pela liberdade, envolve necessariamente o combate à pobreza e às miséria não se deve faltar à mesa do povo humilde, para que o fermento da rebeldia não venha a ameaçar a liberdade do homem."

Juscelino Kubistchek de Oliveira

"MUSA IMPASSÍVEL"

{Francisca Júlia}

"Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero

Luto jamais te afeie o cândido semblante!

Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho,

e diante de um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero.

Em teus olhos não quero a lágrima;

não quero em tua boca o suave o idílico descante,

Celebra ora um fantasma angüiforme de Dante;

Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero.

Dá-me o hemistíquio d'ouro, a imagem atrativa;

A rima cujo som, de uma harmonia crebra,

Cante aos ouvidos d'alma; a estrofe limpa e viva;
Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,

Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,

Ora o surdo rumor de mármores partidos."

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No carnaval de 2010, eu e minha família, juntamente com minha sogra fomos passsear numa cidade chamada Eldorado Paulista e, para minha curiosidade, la chegando fui descobrir que esta é a cidade onde nasceu a "musa impassível", nossa querida e eterna professora "Francisca Júlia", dona dos mais lindos poemas parnasianos da época e que ecoam até hoje proferida pelas vozes de pessoas das mais diferentes idades. Para mim, foi uma surpresa muito grata, pois como fã e admiradora desta personagem real, fiquei muito orgulhosa em poder tirar uma foto ao lado de seu busto, em praça pública.

Escolhemos este lugar pois o Jerônimo quando pequeno, com seus pais e seu irmão mais velho Sérgio, moraram nesta cidade. Eles moravam num hotel e a mãe deles trabalhava como professora numa fazenda da cidade. O pai era um ilustre vendedor de livros "Enciclopédia Barsa", relíquia em tempos em que computador ainda era apenas uma "máquina do futuro".

Nos hospedamos no mesmo hotel, pois o Jerônimo queria muito mostrar aos filhos, suas raízes que ficaram tão distantes dos dias de hoje.

Durante o trajeto tiramos umas fotos lindas num lugar chamado "Cabeça da Anta" e na "Caverna do Diabo" a qual, sinceramente não consegui assimilar até agora porque leva esse nome tão feio, sendo um lugar esculpido pela natureza e moldado por Deus. Infelizmente essas fotos que ficaram lindas, eu acabei as perdendo, até tenho uma tese sobre isso, foram tiradas com a máquina de minha sogra e já viu né, sogra com nora desde que o mundo é mundo é algo que não tem uma química boa, rsrsrsrsrs..... (brincadeirinha viu sogrinha!)...ela sabe que jamais faria algo desse gênero propositadamente, foi um lapso apenas.

Cidade bem típica de interior mesmo, não há praticamente nada para se fazer e a noite (já que estávamos em pleno carnaval), houve uma festa na cidade na qual todas as pessoas (moradores e visitantes) se reuniram para comer em barraquinhas de cachorro-quente, pastel, bebidas, e alguns brinquedos. Ah! Tinha também uma banda ao vivo, mas choveu até e o show foi obrigatoriamente, cancelado. Apesar da chuva, o calor estava de doer os ossos, mas foi muito legal esse passeio.

As crianças amaram, conhecemos lugares incríveis e mais, tudo tão barato, hospedagem, comidinhas, Deus do céu, lá é um lugar a parte no mundo! Fora a beleza do lugar. Nunca vi tanta água e tanta natureza preservada, que lugarzinho explêndido! Nós, os adultos, nos encantamos, mas as crianças, amaram tanto tanto, que nos fizeram prometer voltar logo.

Os artesanatos de lá são lindos, e conhecemos a Dona Elza, ela faz a melhor queijadinha da cidade, uma delícia sem precedentes.

Na cachoeira do "Meu Deus", tivemos a oportunidade de conhecer um menininho (só na idade, pois seu tamanho era bem maior que eu ou o Jerônimo", ele fazia parte de uma vila quilombola que tomava conta dessa cachoeira. Cuidavam da manutenção e guiavam as pessoas até lá. Aos treze anos, ele ainda não sabia direito o que era internet, mal um computador sequer, ele compreendia direito. Estava no sétimo ano escolar e estudava numa escolinha ali mesmo na vila quilombola.

Nossa empatia foi de cara, ele um menino muito amoroso, um inocente nos dias de hoje, sem maldades, não sabe sequer gírias que utilizamos sobretudo imagina se ele iria compreender um palavrão ou coisa assim.

Para vocês terem uma ideia, a chegada até a cachoeira do "MEu Deus", que eu cheguei bem perto, mas não conheci, por medo de escalar uma montanha, tivemos que andar dentro de um rio por 1 hora e meia aproximadamente e la foi o Michael (lê-se: Micael) com meu filho Leonardo (5 anos) no colo ou nas costas, que menino forte, ficamos muito impressionados, com tanto amor que ele nos ofereceu assim, de graça.

O mais impressionante foi a minha sogra que aos 76 anos, não reclamou um segundo sequer sobre as duras penas que passamos até chegar lá. Que vitalidade, espero chegar a essa idade com essa disposição toda, isso foi realmente admirável.

Infelizmente na hora da volta para a casa, acho que comi tanta besteira, que tive que ser atendida pelo SAMU na beira da estrada, tive fortes dores abdominais e tomei um buscopan na veia, isso me deu um soninho, dormi igual uma rainha na processo de volta pra casa,nem vi nada mais, ainda bem que estava de noite. {Buááááá.......}.

Eu recomendo! Não deixe de incluir esse passeio em seus roteiros culturais!

Bjkas da Syy